
Hoje, às 19h, tem exibição do filme "Sagrada Terra Especulada" no Memorial Darcy Ribeiro da UnB (Beijódromo). Amanhã, terça-feira, às 19h, debate sobre a terra indígena do Santuário dos Pajés e a construção do Setor Noroeste, com profs. da Antropologia, Arquitetura e representante do CIMI.
Rede de apoiadores do Santuário dos Pajés realizam atividades no BEIJÓDROMO
Nos próximos dias 24 e 25 de outubro, a rede de apoiadores do Santuário dos Pajés vai realizar atividades com o objetivo de estimular reflexões e iniciativas que ajudem a solucionar as questões realacionadas à polêmica que existe entre a comunidade indígena, que luta pela permanencia do Santuário na Área de Preservação Ambiental, e o Governo do Distrito Federal/Terracap, que quer construir o "nobre" Setor Noroeste na área do santuário. Na segunda-feira (24), será realizada a exibição do filme premiado no 44º Festival de Brasília: Sagrada Terra Especulada, que vai dar um contexto histórico da luta dos índios. Após a sessão, haverá debate com os apoiadores. Na terça-feira (25), a programação será encerrada com o debate sobre as questões relacionadas à permanencia do Santuário do Pajé. As atividades terão início sempre às 19h, no auditório do Memorial Darcy Ribeiro – o Beijódromo, localizado ao lado da Reitoria da UnB, na Asa Norte.
Estão confirmados para o debate na terça:
Saulo Feitosa - missionário do CIMI
José Jorge de Carvalho - Prof. Antropologia UnB
Benny Schasberg - Prof. FAU UnB
Menbro da comunidade do Santuário dos Pajés
SERVIÇO
Atividades Rede de apoiadores do Santuário dos Pajés
24 e 25 de outubro, às 19h
No auditório do Memorial Darcy Ribeiro – o Beijódromo, localizado ao lado da Reitoria da UnB, na Asa Norte.
Veja também matéria do site da UnB:
Debate sobre o Santuário dos Pajés acontece no Beijódromo na terça-feira
Estudantes, índios e professores da UnB discutem construção de imóveis no Setor Noroeste, local de disputa entre empresas e índios
Tatiana Alves - Da Secretaria de Comunicação da UnB
Segundo Iara Vicente, estudante de Sociologia da UnB, a questão do Setor Noroeste envolve uma questão importante para os indígenas da tribo fulni-ô, que são a última tribo indígena na capital do país. “A Associação Brasileira de Antropologia (ABA) já se pronunciou favorável à demarcação da terra indígena e é de suma importância que todos da comunidade acadêmica se posicionem e se envolvam neste debate”, convida a aluna. Acesse aqui a nota da ABA.
Estão confirmados no debate o pajé Santxiê Tapuya, da etnia fulni-ô; Saulo Feitosa, indigenista do Conselho Indigenista Missionário (CIMI); Benny Schasberg, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da UnB; e José Jorge, professor do Departamento de Antropologia (DAN).
O professor Benny Schasberg vai falar sobre o projeto urbanístico do Setor Noroeste, suas características originais e os equívocos do projeto que está sendo implementado. “É um equívoco urbanístico, ambiental e um desrespeito à comunidade indígena que existe no santuário dos pajés. É uma política urbanística e habitacional equivocada”, defende o professor.
A disputa pelo local envolve o interesse de comunidades indígenas e empreiteiras. A comunidade indígena fulni-ô afirma residir no local há mais de 30 anos e pedem o reconhecimento e demarcação da terra. As construtoras Emplavi e Brasal, que compraram o terreno da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), estão empenhadas em construir o bairro Noroeste.
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